31 de dezembro de 2010

Fechando a tampa de dois mil e dez

entr´ano, sai ano, carregando na estrada poeirenta o velho ano calendário.
Um abraço a todos.
E não posso, tendo lido no jornal sobre as vantagens da esterlização do palmito comercial com a radiação do Cobalto, deixar de reproduzir do F2:

27 de dezembro de 2010

Os Clássicos em Pílulas apresenta:

Esta série benemérita tem a pretensão de apresentar os clássicos da literatura ao gosto do público de hoje.

Os Lusíadas:

Saímos ao mar. Acabou o sossego. Uma água sem fim.
Trabalheira, viramos heróis. O poeta ficou caolho.

21 de dezembro de 2010

Loquacidade

Loquacidade
louca cidade
loco ácida de
idade quase

da pedra
de quem
vive quieto
quem diria
no seu canto

14 de dezembro de 2010

Os bois do Sol

- Que churrasco, não?
- Um pouco tostado demais para o meu gosto.


Da série Os Clássicos em Pílulas

6 de dezembro de 2010

Le Roussignol

Canta por aí solto
um rouxinol
rouco
a competir
com um aspirador de pó.

Este canto
sem tema
ou audiência
espalha-se:
problema

4 de dezembro de 2010

Debates e Segredos

Ouvi falarem mal dos vazamentos hoje famosos do WikiLeaks.
Acho que são fundamentais.
Qualquer debate político está às raias da hipocirisia.
As razões de estado são as dos grandes grupos de pressão.
Este organizam-se de qualquer forma. De todas, as sabidas e as não sabidas.
E não é coisa de subdesenvolvido nem nada.
Vejam no berço da república.

1 de dezembro de 2010

O exército venceu, e agora?

Agora o exército acabou de entrar num beco sem saída. Se o tráfico voltar, sairá derrotado; para não voltar, tem de ocupar território brasileiro e acossar cidadãos brasileiros. Falam em políticas públicas, em levar a cidadania a estes lugares onde o tráfico domina; será ótimo. No entanto, cidadania e ocpuação militar não combinam. Adesão a política pública sob mira de fuzis, sob tanques, não dá. Sei não. Tudo para uma Copa do Mundo cujo butim já está sendo dividido neste momento. Isso, no entanto, será o de menos. O pior é o precedente para embarcar numa "guerra às drogas" tipo Colômbia. O US Army está aí prá isso. Este é que é o fundo mesmo do beco sem saída. O único jeito é legalizar tudo. Crack é moléstia social grave. Colocar à margem da sociedade não adianta, se os caras já estão à margem. Pior do que o apenamento é a tributação, que vai diminuir as margens de lucro super assombrosas desse ramo, suprimindo uma origem importante de recursos para a corrupção em todos os níveis.

22 de novembro de 2010

Almeida Prado

Homenagem ao compositor falecido hoje








Graças à Revista Concerto e ao PQP Bach 

18 de novembro de 2010

Os ateístas

Os ateístas são ativistas hoje. Se ocupam de deus mais do que a maioria dos crentes. Atiram-se com toda força contra essa ilusão pela qual são obcecados.


4 de novembro de 2010

Gravosas Ponderações

25 de outubro de 2010

Um Choro-Canção de desencanto

Debaixo dessa luz exagerada,
da praia de onde olhamos a cidade
estranha, já nem me espanta, meu amor,
que mintas com essa cara deslavada,
desperdiçando tuas palavras de isopor.

Tantas estórias, tantos contos
e no fim mais entretantos
que um exórdio de Moral.
As voltas dos teus ditames
ao final, meu bem, serão liames
da corda que teceste a vossos pés.

Diga-me o simples que for,
a verdade não magoa ninguém,
sem maldade, quando dita por bem,
Só assim saberei tua dor.

Larga desses planos ruminados na penumbra,
dessa falta de tato, dessa política estúpida,
desses estranhos que vêm dançar em teu salão...
Lembra de deixar ao menos um recado
se descobrires, afinal, o que procuras,
antes da vida te propor o teu final...

Não guardo mais meus antigos pergaminhos,
O vento guia meus pés pelos caminhos,
A estrada velha é nova, como o chão que vai;
Com um choro-canção de desencanto,
ninguém nota que estive chorando,
esqueça meu nome solto pelo ar...

Diz que tem ido além,
dessa terra nasceu o vazio,
quem passou a barra do rio
hoje vive por mal ou por bem.

20 de outubro de 2010

Choro antigo

Acorda ô alaúde, meu cavaco & bandola,
povoa a boca canora a canção
que sorri e murmura, e plana a meia altura
com uma certa interrogação.

Um passeio no jardim, ou mais,
quem sabe a mata ciliar em que se esconde
outra boca, outra canção, quiçá lilás,
à sombra de amenos montes, sob a relva;

Em tudo que cantas, as pedras dançam sob o rio
e os troncos sorriem, o musgo assobia sem parar
este ar, que os gafanhotos povoaram,
onde certas ninfas gostam de deitar.

Certo que procuras na barafunda de teus bolsos
uns papéis dispersos e relapsos, uns lápis rotos,
já remordidos por tuas ânsias eternais;
deixa de lado as ninharias do dinheiro,
estas bobagens todas que te envolvem
como uma noite torpe, sem visagem,
sem estrelas, apenas escuro e solidão.

Será que ouviste o conselho da andorinha
que cantava na alameda entre as árvores,
no recreio, da boléia de um landau?
Sem rumo andemos pelas ruas,
pisando as pedras banhadas pela chuva,
em conversa sub rosa ao pé de palmeira imperial.

Conversam como as águas do riacho do quintal
trombone baixo, clarinete e pandeiro,
rabeca antiga, bandolim e violão,
E eu tropeço nas melodias de antanho,
ao pé da serra que se espicha no horizonte,
e disfarço assim com um meneio
meu intento de tocar teu coração.

13 de outubro de 2010

Escalas

...Por que eu sei que tem/tanta estrela por aí...
conforme Alice

6 de outubro de 2010

O Aborto como golpe

Hoje, pessoalmente sou contra o aborto, que é terrível. Já pensei diferente.
Correu a acusação, antes de 3/10, contra Dilma, dela ser favorável ao aborto.
A acusação partiu do oponente, o José Serra, que, quando ministro da Saúde, incentivou a prática do aborto pelo SUS, nos casos em que a lei não considera crime (gravidez resultante de estupro, p.ex.).
Por isso foi alvo de críticas dos mesmos setores que agora jogou contra a Dilma.
É um gesto de uma hipocrisia nojenta. Quem é pró-vida deve saber quem é, afinal, José Serra.

5 de outubro de 2010

A volta da volta

Falando de novo dessa eleição, esse despacho nefasto, este pacote ridículo, mas não dá pra não dizer.
O seguinte: nada de me encantar com Dilma, longe disso. Nada de achar graça nas lérias do Lula, Deus me livre.
Mas a farsa é muita, o outro candidato decididamente é repulsivo. E fascista. E autoritário.
Vendendo um peixe podre há muito tempo; eis a "jestão" tucana:

24 de setembro de 2010

Furo de reportagem d´O Grifo

Ontem à tarde, cochilando em nossa redação (?!?), recebo de repente em plena testa potente pedrada, que me atingiu depois de estilhaçar o vidro da janela.
Bilhete anônimo enrolado na pedra: ah, penso comigo, esses meus informantes até me agridem, no afã de ver triunfar a verdade!
Aproveitando a ausência do Grifo, publico a nota na íntegra:
"Estive hoje, disfarçado de garçom, em casa de pasto de altíssimo luxo nesta capital, onde ouvi em primeira mão informações relevantes, em uma mesa que reuniu, em um almoço, MMe. XXXX e outros discretos comensais, todos controladores de veículos de comunicação. Soube ali das primorosas peças de nossa imprensa patriótica para os fins de semana próximos, antes da eleição:


Notícias devastadoras!

1 – Dilma é lésbica, afirma a pobre seduzida pela búlgara perniciosa, que com ela viveu em contubérnio pecaminoso por anos e anos, e a quem prometeu o céu meu bem, e o meu amor também, e a quem deixou, vilipendiada, maltrapilha e esfaimada.

2 – Dilma é assassina, afirma antigo militante da VPR do B (uma organização terrorista ultra-secreta, cujos membros não conheciam um ao outro), é um testemunho importante, Dilma teria chacinado companheiros num aparelho, certo dia, em acesso de TPM. Todos estavam vendados, para que não pudessem reconhecer um ao outro. Intervém depoimentos inclusive do além, por médium de reputação ilibada e reconhecido nacionalmente.

A primeira será a bala de prata, a segunda o tiro de misericórdia. O tiro 2 deve ser dado 5ª ou 6ª, para melhor repercussão.

Arriba com a imprensa patriótica e imparcial! D José já ganhou!"
 
PS - Fui punido pelo Grifo por esta publicação, depois que ele voltou de seu sejour em Bassorá. Tenho de alimentar os animais das masmorras. Isso é um absurdo, uma afronta à liberdade de informar da imprensa. E ainda me fez, a cruel criatura, indicar uma publicação séria sobre o assunto: esta.
 

10 de setembro de 2010

O Noêmio, então, quem diria, pode até ser um cara legal



Noam Chomsky - este era linguista, tornou-se uma espécie de profeta na política, e em ambas as áreas cercou-se de acólitos que não permitem a crítica, que é vista imediatamente como uma forma de profanação a ser combatida. Pode ser coincidência. Ou, como diria G. Gil, não.
Outro dia, estive no blog do Nassif, e teci um comentário em um post sobre Chomsky. Foi a senha para um ataque em bloco; alguém sugeriu que eu "ficasse em meu blog". Vou acatar. Outro disse que eu era Reinaldo Azevedo. Epa, ai não meu chapa, tu não é macho de falar isso na minha cara, foi o que tive vontade de dizer. 
Bem, mas meu problema com Noam Chomsky remonta aos dias longínquos de minha graduação em letras. Sintaxe; a sintaxe era trincheira de Chomsky, e a professora logo avisava.
Fazíamos análise sintática e testávamos hipóteses; no entanto, apenas os nomes das categorias pareciam diversos, porque as relações entre as partes eram estranhamente parecidas, para não dizer que eram iguais. Exceto que desenhávamos diagramas para a análise de frases, em que as unidades eram decompostas, e se chamavam "sintagmas". Diagramas em árvore.
Tive a ingenuidade de perguntar à minha professora qual a diferença entre a análise sintática que tinha aprendido nas antigas gramáticas da escola daquela análise "gerativista-transformacional". A mera pergunta, disse ela, era sinal que eu não estava entendendo nada. Não teve a fineza de me explicar a diferença, contudo; até hoje me pergunto por quê.
Mas o que se há de fazer? Provavelmente tudo isso dever-se-ia à minha própria burrice, que não alcanço as elocubrações do cientista, e faria melhor estando calado. Depois, conversando, ao fim do curso, começo de pós graduação, com os colegas que iam se aventurar nessa área comuniquei minha impressão; ah, responderam, é que você só vai entender a gramática gerativa transformacional no mestrado. E olhe lá.
Ah bom. Deve ser por isso. De qualquer modo, como além de burro sou tinhoso, havia lido os Aspectos da Teoria da Sintaxe e alguma outra coisa. Daí, resumindo, aprendi que a linguagem é uma faculdade inata do ser humano, uma propriedade da mente. Não há ser humano sem linguagem. A verdadeira análise sintática deveria chegar ao imo da estrutura das línguas, de uma tal forma que se veria evidente a estrutura subjacente de todas as línguas, que nada mais seria que a tal faculdade inata do homem, a linguagem ipsa.
Dito isso, a verdadeira análise sintática era, naturalmente, a sintaxe ensinada por Chomsky, dita gerativa-transformacional. Ocorre que, para se chegar a esta estrutura subjacente, seria necessário seguir um programa rigoroso, de análise de quantas línguas fosse possível, sob o modelo gerativo, que logo teríamos uma descrição precisa da capacidade da linguagem. Nada menos. Assombro. Aplausos gerais. Modelo preciso, positivista. As experiências explicarão a natureza da linguagem.
Passaram-se mais de cinquenta anos, e tal não sucedeu. Óquei. Sacudir a poeira.
Sacudiram, o pessoal da gerativa; soube que havia "novas formulações" - da mesma teoria. Got to keep the franchise moving. A teoria não estava "errada". Ela simplesmente havia sido reformulada. A diferença é sutil - tão sutil que chega a me escapar em alguns momentos. Outro dia, alguém me explicou que uma destas reformulações é que a natureza da mente e a linguagem são uma e a mesma coisa. Uau. Não há nada a explicar. Agora, devíamos ter lido Meister Eckhart, em vez de perder nosso tempo com Aspectos da Teoria da Sintaxe.
Não sei se com tudo isso Chomsky ainda é reverenciado nas faculdades de letras. Desconfio que sim, pela reação do pessoal que leu um comentariozinho meu no Nassif. E então? Bem, eu indicaria Meister Eckhardt aos alunos, a natureza da linguagem é outra coisa, meus caros. Essa é uma crítica que há tempos queria fazer; tem também a política. Não é por isso que a gente deixa de ver em Chomsky um americano que fala de política externa sem paternalismo com os não-americanos, sem considerar os outros povos como naturalmente sujeitos ao destino manifesto da América do Norte. Dando uma olhada na rede antes de escrever isso, vi o quanto o velho Chomsky tem de aguentar em seu país por dizer o que acha em política. Que os EUA têm interesses e movem guerras por causa deles. Que a mídia manipula as consciências. Fatos que para nós são corriqueiros, entre os conterrâneos lá dele são causa de escândalo. Como acusar de anti-americano pode soar outdated, ele é ridicularizado. Já dizia meu titio, Deus o tenha, que os EUA são um país fascista, isso nos early sixties.
Então? Isso: concordemos e discordemos do velho Chomsky, cuja filiação mais antiga era a cabala (seu pai era rabino); não é necessário aniquilar nem endeusar o Noam; aliás, de preferência nunca fazer isso com ninguém. Quem diria, ainda finalizo com uma moral, hein?



9 de setembro de 2010

Indignação requentada

O sigilo (sugerimos um adesivo oportunista: "eu acredito em sigilo fiscal e bancário") tem sido elevado à categoria de senha do golpe. Vejam os amigos que a tal "violação eleitoral" já era conhecida e não causava tanta espécie há pouco tempo atrás ao próprio José Serra. Está nesta matéria do SBT, atenção ao trecho a 2´40" - Vejam.

O Grifo nem aprecia Dilma Roussef tanto assim. Mas esses factóides já estão enojando. O tal do "clima eleitoral" é pior do que a seca aqui em São Paulo. Atenção aos golpistas, aos que querem cruzar o Rubicão - não tem caminho de volta.

7 de setembro de 2010

Grave Gripe Agrária Agrava a Regressão

Agro, grimpo a grua de grande agrimensura. Ogros regressam de angras e grutas: É GRAVE. Gripe agrária agrava grande agressão. Regrido.

6 de setembro de 2010

Serviço de alto falantes da praça da Matriz d´O Grifo

Recebemos em nossa redação (?!!?) grandes contribuições, que publicaremos, não sem antes terem passado pelo crivo do nosso crítico, Honorino Palhares, a quem criamos no quintal da redação, com as cautelas de praxe. São contribuições do Ricardo, meu irmão, e do Carlos Ângelo, também conhecido como Benedito.
São textos, os arquivos podem ser baixados:


JOCA                                                                                                          A Próxima Novela das Oito


Mais um serviço de utilidade pública d´O Grifo.

23 de agosto de 2010

O eleitor, esse desonesto, tem de provar sua identidade ao Estado de boa-fé

Serviço Público d´O Grifo:

Este ano, para votar (obrigatoriamente), teremos de levar (obrigatoriamente) um documento com foto, além do título de eleitor, que é também, me parece, obrigatório.
Quem tem o azar de ler este blogue sabe que quero tanto vontar contra Serra que vou levar RG, CPF, Carteira de Habilitação e de Trabalho. Penso em levar também exame de sangue.

Obrigatoria, quer dizer, atenciosamente,
Grifo


20 de agosto de 2010

Bandeira Paulista

Você é paulista?


Clique aqui!

19 de agosto de 2010

A caverna do sono

Dorme, dorme meu bebê
o sono é uma caverna
sem paredes
A rua insone de carros quer dormir.
Nossa casa acorda à noite, as escadas conversam,
silentes de dia, quando então dormem.
E eu sonho com seu sono
Dorme dentro do violão a música
que toca no teu sonho,
um acalanto
com que eu sonho
pra você dormir.

11 de agosto de 2010

Der Leone Has Sept Cabezas

Eu querer ser seu Presidente, pero yo non falar seu língua...
È vero...

6 de agosto de 2010

A história verídica

Caríssimos, não sabemos ao certo o que acontece hoje, ontem, há 15 minutos, tal o tumulto que ante nossos olhos se agita nos meios de massa, ao alcance da mão, prenhe de irrelevâncias. Ótimo, aproveitemos para entender melhor os últimos milênios.
Rudolf Steiner, no interessante e às vezes impenetrável A Ciência Oculta relata que, na época atlante, o ser humano tinha a capacidade de mudar de forma gradativamente, conforme seus desejos e volições. Muitos daqueles adquiriram formas grotescas, disformes, pela amplitude de seus desejos. Talvez pudessemos dizer que a matéria era muito rarefeita em espírito, naquele tempo.
Adquiriram grande poder, e estavam unidos como o povo do oráculo de Vulcano. Outros oráculos havia, e Steiner lembra o de Apolo, que não é o posterior, de Delfos. E ainda o do Sol, e outros.
Trabalhavam a matéria, e estavam interessados em fabricar artefatos. Steiner, vidente, dizia ter acesso aos arquivos acásicos da tradição hermética, ou a Crônica de Akasha, espécie de backup cósmico.
Agora, a ligação é evidente com o mito de Hefesto, ou Vulcano. Disforme, o deus é manco, diz-se que por sua mãe o ter atirado das alturas do olimpo até Lemnos, onde está o Etna, seu vulcão. Ferreiro, forja os artefatos dos deuses, como o carro de Apolo e os raios de Zeus. São vários os paralelos.
A capacidade de agir sobre a matéria desses associados a Vulcano levou à destruição de Atlântida, segundo Steiner. Este passo não aparece no mito.
O culto aos deuses dos gregos históricos é posterior a Atlântida. Mas o relato de Steiner esclarece vários detalhes do mito que são estranhos. Por exemplo, sua atração pela matéria levou à deformidade física. E outras.
O aspecto mais enigmático do mito de Vulcano é que se trata de um deus corno. Sendo horroroso, tinha Vênus como mulher. Ela, no entanto, pulava a cerca com Ares, o deus dos generais e das batalhas. Certo dia, Vulcano aprisiona os dois na cama, em flagrante, com uma rede da qual não conseguem se livrar. Vai o deus e os expõe aos demais imortais. Este aspecto nem Steiner explicou.
E então? Bem, tenho para mim que estas histórias merecem mais crédito do que os relatos que ouvimos, qur lemos, realidades muito mais relevantes do que as ninharias com que querem nos encantar.

4 de agosto de 2010

Não toquem na Rádio Cultura

O desmonte da TV Cultura está anunciado;  é preciso tentar proteger a preciosa Rádio Cultura, emissora que transmite uma programação incrível, e que me ensinou muito. Ouço já tem bem uns 30 anos e não me canso. E já faz tempo que você não precisa morar em São Paulo ou adjacências para ouvir, com a internet.

Vejam um programa como este, sobre Bach e sua família, por exemplo. É isso que essa gente, que julga que o patrimônio do Estado é de seu usufruto,  quer destruir. Chega dessa espoliação, os tucanos tornaram-se uma dinastia odiosa no Estado de São Paulo. Querem tirar Bach do ar.

Já no governo Alckmim algum jênio andou mexendo por lá, com uma programação mais "acessível", só tocavam árias de ópera italiana e o Quebra Nozes o dia inteiro, pois o povo é idiota na concepção dos tucanos, que só olham o espelho. Chega. Esse 3 de outubro está demorando demais a chegar.


3 de agosto de 2010

As companhias alegres e as nem tanto

O Grifo achou que o blog estava meio grave, taciturno, e ordenou a mim, que vivo em suas catacumbas, que fizesse qualquer coisa mais leve.
Então eu li no jornal os arrotos do governador Requião, sobre as companhias do pobre Ronaldo, que além de estourar os joelhos tem de aguentar os males do Brasil. E encomendei a montagem abaixo ao depto. de arte.
Rrrrrrrrrronaldo, cuidado com as companhias.

2 de agosto de 2010

O Banqueiro Anarquista

A arte contábil cria o dinheiro, nos bancos, signos em rotação, e as vaquinhas, pecuniae, pastam, como há cinco mil anos. O derivativo é valor pós-moderno, apenas de referência, signo do signo. Não há referência, a estrutura prescinde do conteúdo: materialismo levado às últimas consequências tornou o suporte material simbólico. Contraria sunt complementia. As vacas não se dão ao trabalho de fazer a um comentário a respeito. Tudo passa, como nuvens.  

29 de julho de 2010

I wanna be your back door man

Eu gosto de teorias conspiratórias, simplesmente pelo fato de que a manipulação de pessoas e de massas é o truque mais básico e reiterado na política, e eventualmente na vida pessoal das gentes desse mundo.
Então, li este texto, e lembrei-me da política de software público do governo brasileiro. Que acabou.
Atenção Dilminha paz e amor, que o bicho é feio

23 de julho de 2010

Alegórica


O poder é conquistado pela força e institucionalizado pelos puxa-sacos.

18 de julho de 2010

Iron Man

Agamenon não tinha uma lanterna no peito

9 de junho de 2010

Os arautos do Nanoestado onde andam?

Não temos lido a costumeira pancadaria sobre o conhecido mal-do-mundo "nesse país", a categoria dos servidores públicos. Mas há de chegar a época, a campanha eleitoral está aí. Recomendo leitura antecipada, para evitar as falsas premissas desse debate mais que surrado.

1 de junho de 2010

Nobilíssima Organização

Acredito que quem trabalha para o estado de São Paulo deve poder pedir a filiação honorária; eu vou requerer a minha amanhã mesmo!



31 de maio de 2010

Espasmodicção

Enfinalmente, atribulemo-nos uns, outros, vice versa e mútuo modo, encastripulados em insaniacidade espalhasfaltada em planalto, orgulhossada de cimentalicaibros e carrossários estacionados nas avenidas sobrepostas, em contínuo motu mudo, versi viça.

11 de maio de 2010

De Viris Ilustribus

Sempre instrutivo saber.

10 de maio de 2010

O que me alegra numa 2ª de manhã

Segunda feira de manhã, de frio e garoa, dia de pegar trânsito na Av. Ibirapuera e 23 de Maio até a Sé, sair correndo de casa, o que me alegra nessa manhã quase funesta?
Ligar o rádio na CBN e ouvir o locutor anunciar o Grande Guia de Povos José Serra, entrevista ao vivo.
Ah, que alegria. Começa a entrevista e o Serra está cordato, amável, todo adestrado, calminho que parece que tomou Rohypnol. Agora também ele escande as sílabas no final das frases que nem o Alckmim. O adestrador deve ser o mesmo.
Logo o Heródoto pergunta se ele é de esquerda, e o bicho já rosna, quer inverter a pergunta, fica contrariado. Mas acalma. Nos bastidores, alguém dá um biscoito pra ele. Segue a entrevista. Daqui a pouco, perguntam do Banco Central, aí pronto, o homem ficou nervoso, cortou a entrevistadora, e começou a babar e a agredir quem estivesse por perto, uma flor de pessoa desabrochando em sua plenitude.
Isso jogando em casa, numa emissora das "organizações Globo", com jornalistas amistosos. Ah, que alegria! Saí do carro dando risada, durante um ataque de apoplexia do nosso candidato, nosso lá deles, bem entendido.

9 de maio de 2010

Das "Bagatelas", de Lima Barreto

Leia o original, que é muito melhor, na Brasiliana, daquele plutocrata judeu. 

São Paulo e os estrangeiros


Quando, em 1889, o Sr. marechal Deodoro proclamou a República, eu era menino de oito annos.

Embora fosse tenra a edade em que estava, dessa época e de algumas

anteriores eu tinha algumas recordações. Das festas por occasião

da passagem da lei de 13 de maio ainda tenho vivas recordações;

mas da tal historia da proclamação da Republica só me lembro

que as patrulhas andavam, nas ruas, armadas de carabinas e meu

pai foi, alguns djas depois, demittido do logar que tinha.

E e so.

Si alguma cousa eu posso accrescentar a essas reminiscençias

é de que a physionomia da cidade era de estupor e de temor.

Nascendo, como nasceu, dóm esse aspecto de terror, de vio-t

lertcia, ella vae aos poucos accentuando as feições que já trazia no

berço. *

Não quero falar aqui de levantes, de revoltas, de motins, que

são, de todas as coisas violentas da politica, em geral, as mais innocentes

talvez.,

Ha uma outra violência que é constante, seguida, tenaz e não

espasmodica e passageira como as das rebelliões de que falei.

Refiro-me á acção dos plutocratais, da sua influencia seguida,

constante, diurna e nocturna, sobre as leis e sobre os governantes,

em prol do seu insaciável enriquecimento.

A Republica, mais do que o antigo regimen, accentuou esse poder

do dinheiro, sem íreio moral de espécie alguma; e nunca os argentarios

do Brasil se fingiram mais religiosos do que agora e tiveram

da egreja mais apoio.

Em outras épocas, no tempo do nosso império regalista, sceptico

e voltereano, os ricos, mesmo quando senhores de escravos, tinham,

em geral, a concepção de que o poder do dinheiro não era

illimitado e o escrúpulo de consciência de que, para augmentar as

suas fortunas, se devia fazer uma escolha dos meios.

Mas veiu a Republica e o ascendente nella da politica de São

Paulo fez apagar-se toda essa. fraca disciplina moral, esse freio na

consciência dos que possuem fortuna. Todos os meios ficaram sendo

bons para se chegar a ella e augmental-a desmarcadamente.

Protegidos, devido a circumstancias que me escapam, por uma

alta fabulosa no preço da arroba de café, de que, após a Republica,

— 16 —

os ricaços da Paulicéa se fizeram os principaes productores, puderam

elles melhorar os seus serviços públicos e ostentar, durante algum

tempo, uma magnificência que parecia fortemente estabelecida.

Seguros de que essa gruta alibabesca do café a quarenta mil reis

a arroba não tinha conta em thesouros, trataram de attrair para as

suas lavouras immigrantes, espalhando nos paizes de emigração folhetos

de propaganda em oue o clima do Estado, a facilidade de arranjar

fortuna nelle, as garantias legaies — tudo, emfim. era excellente

e excepcional.

A esperança é forte nos governos, quer aqui, quer na Itália

ou na Hespanha; e desses dois últimos paizes, em chusma, accorreram

famílias inteiras e milhares de indivíduos isolados, em busca

da abastança, que os homens do Estado diziam ser fácil de obter.

A gente que o vem dominando ha cerca de trinta annos ecthiase

de contentamento e até estabeleceu a exclusão, da sua-policia de

gente com sangue negro nas veias.

A producção do café, porém, foi transpondo o limite do consumo

universal e a descer de preço, portanto; e os dogés do Tietê

começaram a encher-se de susto e a inventar palliativos e remédios

de feitiçaria, para evitar a depreciação.

Um dos primeiros lembrados foi a prohibição do plantio de

mais um pé de café que fosse.

Esta sábia disposição legislativa tinha antecedentes em certos

alvarás ou cartas regias do tempo da colônia, nos quaes se prohibiam

certas culturas que fizessem concorrência ás especiarias da índia,

e também o estabelecimento de fabricas de tecidos de lã e mesmo de

officinas de artefactos de ouro para não tirar a freguezia dos do

reino.

Que progresso administrativo !

Os palliativos, porém não deram em nada e um judeu allemão

ou americano inventou a tal .historia da valorisação com que a gente

de S. Paulo taxou mais fortemente os agricultores e favoreceu os

grandes e poderosos, nas suas especulações.

A situação interna principiou a ser horrível, a vida cara, emquanto

os salários eram mais ou menos os mesmos anteriores O

descontentamento se fez e os pobres começaram a ver que, emquanto

elles ficavam mais pobres, os ricos ficavam mais ricos.

Os governantes do Estado, que influiam quasi soberanamente

nas decisões da União, deixaram de fazer a tal propaganda do Estado

no estrangeiro, mas augmentaram a policia, para a qual adquiriram

instructores e mortíferas metralhadoras e deram em excommungar

estrangeiros a que chamam de anarchistas, de inimigos da ordem

social, esquecidos de que andavam antes, a proclamar que a elegância

da sua capita), os seus lambrequins, as suas fanfreluches eram devidas

a elles, sobretudo aos italianos. A influencia dos estrangeiros,

diziam, fez de S. Paulo a única coisa decente do Brasil. E todos a

acceitaram porque os dominadores de S. Paulo sempre se esforçaram

por esconder as dilapidações ou coisas parecidas, convencendo


os seus patrícios de que o Estado, a sua capital, sobretudo, era coisa

nunca vista.

Não havia um casarão burguez com umas columnas ou uns

vitraes baratos, que elles logo não proclamassem aquillo, o castello

de Chenonceaux ou o palácio dos Doges.

Tudo o que havia em S. Paulo não havia em parte alguma do

Brasil. A sua capital era uma cidade européa e a capital artística

do paiz.

Entretanto, a antiga provincia não dava, a não ser o Sr. Ramos

de Azevedo, um grande nome ao paiz em qualquer departamento

de arte.

Não contentes de prodfcmar isto dentro do Estado, começaram

a subvencionar jornaes e escriptores de todo o paiz para espalharem

tão pretenciosas affirmações, que o povo do Estado recebia

como artigos de fé a fazer respeitar o "trust" político que o explorava

ignobilmente. "Vanitas vanitatum"...

Seguros de que a opinião os apoiava, porque tinham feito o

Estado o primeiro do Brasil, os políticos profissionaes de S. Paulo

trataram de abafar as criticas dos estrangeiros descontentes ou com

opiniões avançadas, a todos, emfim, que não se deixavam embair

com a tal historia da capital artística e cidade européa.

Os estrangeiros, agora, já não serviam e elles queriam livrar-se

do incommodo que os forasteiros lhes davam criticando-lhes os actos,

a sua cupidez, o esquecimento dos seus deveres de governantes

para só protegerem os ricaços, os monopolistas, que eram também

estrangeiros, mas não no ponto de vista do governo estadpal, que só

julga assim aquelles que não partilham a opinião de que elle é o

mais sábio do mundo e affirmam que, em vez de estar fazendo a felicidade

geral, está concorrendo para .enriquecer os seus filhos, seus

genros, seus primos, seus netos e afilhados e os plutocratas ávidos.

Trataram logo de se armar de leis que fizessem abafar os

seus gemidos ; uma dellas é a celebre de exportação que não se

coaduna com o espirito da nossa Constituição; que é inconseqüente

com a propaganda feita por nós para attrair estrangeiros, que podem

e-devem fiscalisar as nossas coisas, pois nós os chamamos e

elles suam por ahi. -

, Sem mais querer dizer, podemos af firmar que todo o nosso mal

estar actual, todo o cynismo dos especulado/es com a guerra, inclu-

. sivel Zé Bezerra e Pereira Lima, vêm desse, maléfico espirito de

cupidez de riqueza com que S. Paulo infecciònou o Brasil, tacitamente

admittindo não se dever respeitai qualquer escrúpulo, fosse

dessa ou daquella ordem, para obtel-as, nem mesmo o de levar em

conta o esforço, a dignidade^e o trabalho dos immigrantes, os quaes

só lhe servem quando curvam a cerviz á sua deshumana ambição

chrematistica.

•1917.

7 de maio de 2010

A máquina paródica do Grifo - VII

Entramos. Na penumbra não se via muita coisa; os passos do outro lado da porta cada vez mais distantes. Éramos conduzidos por corredores escuros, de quando em quando ofuscados pelas eventuais janelas que se abriam. Os passos metálicos ecoavam. Havia capotes verdes e bonés militares. Entrevi na penumbra uma pistola na cintura de uma mulher de cabelos presos no topo da cabeça.

O labirinto de corredores nos levou enfim a outro galpão, ampla caverna subterrânea. A luz difusa não vinha de fontes artificiais, vinha do teto, como que permeável. E no entanto eu tinha certeza de que havíamos descido; devíamos estar abaixo do nível do chão.

O Grifo caminhava sobre duas pernas, as asas encolhidas; eu estava curioso; detido, mas nossos guardas pareciam até respeitosos. Quis até ensaiar um sorriso para uma loirinha ajeitada, de uniforme militar – teria eu um fraco por uniformes? Passávamos por estruturas metálicas incompreensíveis, em meio a tubulações que davam voltas e subiam para o teto altíssimo.

Súbito, uma mesa, um homem grisalho sentado diante dela, de óculos de aro fino sobre o nariz; olhou-nos sobre as lentes, com um esboço de sorriso: - Chegaram, afinal!

Havia duas cadeiras, sentamo-nos como se fosse o esperado. A escolta sumira em silêncio.

O homem usava uniforme, com galões e estrelas; magro, nos encarava com olhos grandes, com um quarto de sorriso, que aumentou quando começou a falar, encarando o Grifo inicialmente.

- Então são vocês. Têm idéia do que estão fazendo?



o que acontecerá com nossos heróis?



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1 de maio de 2010

ACTA EST FABULA


Não é estória da carochinha não. É o que vem por aí,  a bordoada sobre o conteúdo distribuído livre e gratuitamente na internet - tudo o que ouvimos, os discos de antigamente que encontramos hoje, e que naquele tempo, do disco de vinil, era impossível encontrar... Não acredito que o ACTA, Tratado Comercial Anti Fasificação, seja bobagem, faz todo sentido. Cada vez mais são importantes, ou seja, valem muito tutu, os ativos intangíveis, marcas e conteúdos, os conceitos são comercializados todo dia. 
Li em algum lugar, e já reproduzi aqui, que o show business é o setor mais importante da economia norte americana. Conceitos. Conteúdos. Bens intangíveis. 
E então? Parece que, no caso de internet, miram o porrete no gargalo, no caso o provedor de acesso que tolera download de propriedade alheia. 
Se eles gostam de marcas e slogans, eu conheço um bom: TODA PROPRIEDADE É ROUBO.

29 de abril de 2010

Fatos que não se sucederam

O juiz Baltazar Garzon, que decidiu que o genocídio, os crimes contra a humanidade são de jurisdição universal, e perseguiu Pinochet e similares, agora sofre em casa, pois quis puxar o tapete sobre a sujeira do franquismo. O Dines observa que a imprensa nacional não noticia o fato.
Fatos que não se sucedem é o corriqueiro da imprensa nossa; ontem, a CBN, por exemplo, fez questão de noticiar que não havia greve de ônibus em São Paulo. Vai explicar isso no Jardim Ângela, onde os não-ônibus circulavam à toda na rua.
Agrave: tem não-fatos que teimam em acontecer em não-lugares.

23 de abril de 2010

Crepúsculo do vampiro

Não deu pra deixar de postar essa:


veja


Alguém disse que o vampiro vai ter de parecer meigo... e eles acreditaram!!! Aliás, é atual: veja os filmes de vampiros adolescentes belíssimos. Ei, soprem essa pro Serra - crepuscular!


12 de abril de 2010

Essa porra tem dono?

Tão dizendo que não tem não.



E o povo, uai?

10 de abril de 2010

Apenas para lembrar



O Grifo agrada grêmios graças a gregotins e gregueus; grenado, grimpa e agraúda-se graças a graças da grei.


grafagratia

18 de março de 2010

A Pedra e o Ovo



Pedra dura do caminho de pedras, eu te agradeço pelas dificuldades do caminho, que me ensinam a superação, a paciência, a resistência; me ensinam, nem que seja a pau e pedra.
Pedras no caminho: também quem ensina terá pedras, e outros, no seu caminho, encontram ovos

16 de março de 2010

Um nome

As correlações de certos nomes não são feitas com a velocidade que se observa em outros casos.
O rapaz que matou o Glauco, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, tem um sobrenome incomum. Ninguém ainda pensou em ver se tem relação com o ilustre administrativista? Ou a curiosidade anda escassa? Ou ninguém tem nada a ver com isso?

vejamos:

 http://www.sbdp.org.br/ver_docente.php?idDocente=13


http://www.sundfeld.adv.br/

12 de março de 2010

In Memoriam - Glauco



8 de março de 2010

Uivam os corvos, crocitam os lobos

A política encontra-se numa lama fantástica porque as individualidades não estão muito melhor. Isso é o óbvio. Existe, ou deve existir alguma graça no fato de que a crítica, ou denúncia, é rebatida porque parece delirante.
Um tempo de maus poetas, de má arte. De engolir poeira. Maus governos, piores. No caso do império, a derrocada lamentável, sem nunca ter sido tudo aquilo que viu no espelho. Onde o Zeus do Capitólio? Aquele deplorável Abraão Lincoln?
E imita a vida, no caso, um seriado barato de TV, subproduto do Arquivo X. Os intrépidos Pistoleiros Solitários salvaram os prédios de NY de um atentado.
O mistério deveria ser algo mais solene, não uma piada barata, atirada ao pó do chão, com os pacotes de pipoca no parque. Definitivamente, Ronald Reagan ri por último sua risada macabra.

3 de março de 2010

O Grifo e seus usos oraculares

Estive anteontem com o Grifo; conversamos, na medida do possível (os rugidos dele atrapalham um pouco) - e não perdi a oportunidade de uma provocaçãozinha, o que qualquer pessoa de bom senso acharia o cúmulo da imprudência, visto o animal ter mais de uma tonelada.
- Bem, meu caro Grifo, suas profecias parece que não foram muito exatas...
O bicho virou a cabeçorra pro meu lado e achei que era oportunidade para uma pausa.
- De forma alguma, um candidato inviável vai dar lugar a uma figura de grande popularidade, é justo como eu disse...
Rá, pensei comigo mesmo. É como naquela fábula - o general vai morrer na guerra; se é o consulente ou seu adversário, aí já não é mais problema do oráculo.

26 de fevereiro de 2010

Três numa noite cansada

18 de fevereiro de 2010

Nui comparece com desenho!

Retrato do artista por outro

o Grifo, em ângulo favorável

9 de fevereiro de 2010

Ar

Ar
raro
passa
por estes lados

sintoma de montanhas
da mente

o silêncio e a nuvem
há quem diga esse murmúrio
na cidade cansada de si, cansada do mundo?

irei também
ouvidos alertas
ar rarefeito das alturas eternas

deixo as graxas certezas deste planalto
inferno
haverá quem as queira decerto

7 de fevereiro de 2010

Rock and roll no carnaval

Para vc acessar a Rádio Web Underground Lágrima Psicodélica clique em:
http://www.lagrimapsicodelica.blogspot.com/
Banner by Gerald - gveneroso@hotmail.com

Nos dias 13 e 14 de fevereiro de 2010 vai rolar o nosso 1º Festival Virtual Lágrima Psicodélica. Todas as bandas convidadas confirmaram que vão participar. São elas:


Dia 1: Sábado
15:00 a 16:00 - Led Zeppelin by Barata
16:00 a 17:00 - The Cure by Cacá
17:00 a 18:00 - Jimi Hendrix - JH II
18:00 a 19:00 - Pink Floyd - Johnny F
19:00 a 20:00 - Mutantes - Lola Brochaska
20:00 a 21:00 - Frank Zappa - Juliano Rosa
21:00 a 22:00 - Grobschnitt by Gäel
22:00 a 23:00 - Eric Clapton - Minduim Mateus

Dia 2: Domingo
15:00 a 16:00 - Rush - Marcio CS
16:00 a 17:00 - Deep Purple - Ricardo Magrão
17:00 a 18:00 - Jethro Tull - Dexx
18:00 a 19:00 - Neil Young - Pedro
19:00 a 20:00 - Janis Joplin by Loirinha
20:00 a 21:00 - Budgie by Ande S
21:00 a 22:00 - Joy Division - Rabablues
22:00 a 23:00 - AC/DC - Fireball
23:00 a 24:00 - Blue Oyster Cult - Sara_Evil

Todos os ingressos já foram vendidos... hehehehe, nem os cambistas estão vendendo mais. Porém, nossa Rádio WULP HD vai transmitir os 2 dias do 1º Festival Virtual Lágrima Psicodélica na íntegra e com qualidade High Definiton. As camisetas ainda estão á venda, mas só restam poucas unidades: Pedido de Camisetas no site a Barata

Caranaval uma porra! Eu quero é Rock!

Vinheta 1º Festival Virtual Lagrima Psicodelica - By Rabablues by Rabablues

Estamos buscando parceria com Blogs & Sites para transmissão de nossa Rádio WULP. Temos hoje na nossa rede 90 parceiros. Nosso email para contato é: lagrimapsicodelica@gmail.com

29 de janeiro de 2010

Ge$tão das Água$





enquanto isso, chove na horta dos fornecedores da SABESP - veja no vi o mundo

26 de janeiro de 2010

O computador quântico e a mente mágica

Leio em um artigo interessante (http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=574ENO003) que algém na UNICAMP está em busca de modelos para o futuro computador quântico:

A computação quântica é fundamentada em conceitos criados pela física quântica, como o da superposição (quando uma partícula está em diferentes condições contraditórias simultaneamente) e do entrelaçamento (quando a alteração em uma partícula provoca o mesmo efeito em outra que se encontra distante).


Caríssimos, caso aconteça este salto avante da computação quântica, muita coisa sob o sol há de ser revista, e numa progressão ao passado. Vejamos propriedades quânticas que o autor aponta e lembremos das propriedades que J.G. Frazer generalizou para o pensamento mágico: o contato por proximidade (superposição) e o contágio por similaridade (entrelaçamento).  Haverá surpresa na descoberta dos limites entre a composição da realidade e o funcionamento da Mente?
Os mais renhidos positivistas vão ter de proclamar a máxima hermética: "o que está embaixo é igual ao que está no alto"!

22 de janeiro de 2010

Do Baú

Não é bem um trava línguas, é mais um coça garganta, que eu tirei do baú:


O Grifo, grogue, esgravata grêmios e grateia a verga grelos e grutas esgrouvinhadas, esgrafejando gregotins e gregueus; grenado, grimpa, egrégio, e agraúda-se graças à grei. Grimpa grumos e grupiaras engrenado - engrimponado, logra engriguilhar-se, a engrifar grutungos. O grosso agravado, engrampa; grazosa grátis, graxadela granfa, ogro Sigrido segreda-se segrel: congregados, transgridem grades e progridem a graúdos agros aos gritos.




Agrupados, grogues, esgravatam grêmios e grateiam a verga grelos e grutas...

4 de janeiro de 2010

Novo ano, mês de jano



Os novos caminhos levarão a...


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