23 de maio de 2013

Da caderneta



13 de maio de 2013

Fabula narratur


O dia em que as máquinas falarem, e os algoritmos contarem histórias de enredo
envolvente e vendável, emocionante porém sem tocar o fundo da alma de ninguém,
que esse negócio de alma é polêmico, e melhor ficar cada um no seu canto,
mesmo com suas manias e principalmente com suas manias, seus pretextos alvo do controle social
eficiente como as máquinas que vomitam histórias e imagens,
nesse dia, meu bem,
minhas histórias perderão qualquer coerência que nunca tiveram,
e os produtores do cinema americano que contrataram os descendentes de Propp por um caminhão de dinheiro - eles têm uma máquina de dinheiro lá, e as tais impressoras 3D - para analisar as constantes da narrativa, os motivos
the homeric licks
não vão perceber, na linha de produção,
mas
os símbolos terão caído, os signos estarão doentes da inflação, a paródia será sintoma,
o texto que ainda não surgiu será parodiado,
escarnecido,
dissecado sob as luzes do campo de concentração,
da ignorância e da estupidez que grassam sempre no eterno campo de concentração
e nenhuma história terá mais sentido;
estaremos em silêncio meu bem, talvez uma cantiga de roda
ou ainda mais antiga história de bichos que falam
restará sendo contada em nossa mente, em nossa alma,
até quando outra história for contada.

9 de maio de 2013

A romaria dos anônimos e a estranheza dos comuns

Eu, andar cambaleante, e você, cambaleando bravo, ponto e vírgula; sem voz, um fio. É por isso que tenta gritar comigo? Me corrigir a cada passo?



6 de maio de 2013

observação à margem

Se eu já fumei diversos alqueires de maconha, não posso chamar alguém de "maconheiro"?

Se o improvável leitor já esvaziou seus intestinos, não poderá apodar o merecedor eventual de "cagão"?

Me parece a mesma coisa.

3 de maio de 2013

Reitero sem dúvidas o que disse.


Acabou me fazendo mal escrever isso, há coisa de dois meses e pouco atrás. Apaguei. 

Mas quero agora reiterar o que disse, e apaguei. Este tal Lobão quer voltar a ser notícia com o impacto do ódio. Que seja. O ex-cantor do rádio quer mais dois minutos de atenção. 

Existe um vazio entre nós, alguns convivem com ele, outros o mascaram completando esse vazio com o que conseguem, com o que por acaso lhes passa na frente.

Mas existe um vazio que não se supera, um vazio de no nosso país. Uma marca, uma marca da maldade. A tortura, que foi amplamente praticada por agentes do estado que até hoje recebem proteção por seus atos bárbaros. A tortura que aniquila a alma.

Um crime hediondo e bestial como a tortura de um bebê de um ano e oito meses, uma história que não posso nem ler, isso é que é defendido por uns filhos da puta.

O Lobão, por exemplo, que em 1974 provavelmente estava fumando muita maconha, em excesso, e ouvindo talvez rock progressivo antes de nos impingir essa baba viscosa que cuspia pelo rádio nos anos 80, achava que a tortura "só arrancou algumas unhas", que não tinha sido nada. Então, seu cantorzinho filho de uma puta, você tá vendo que não era nada, vc quis "causar" com uma declaração polêmica a ver se seu merecido ostracismo abrandava um pouco, e no final, seu bosta, era isso que você estava defendendo. Era por isso que você levantou sua voz.

Isso nunca será esquecido.

(recuperado graças ao cache do Google)

2 de maio de 2013

Reitero o que desdisse!!


Por Zeus!

Bastou eu me arrepender de xingar um pouco o ex-músico Wordenbag-Scumbag, e apagasse uma postagem, lá vai o sujeito a dizer um monte de b...

Vai, evidentemente, ouvir de volta e se deliciar com a promoção obtida. Mas agora queria repetir o que apaguei outro dia. Reitero o que desdisse!!! (Alguém sabe como descobrir um post apagado?)