31 de outubro de 2020

Nossa história e a dos outros

 Brasil , auriverde pendão etc. , excessivamente grande e remota província do Capital, um dos primeiros e mais rendosos entrepostos da aventura colonial, convite sempre renovado e válido à exploração de matérias primas, o que não entendemos de nossa história é em parte o seguinte: a nossa história, situada como província do Capital, consiste em um movimento reflexo provocado por ações fora do nosso território, de forma que os Atores propostos pela narrativa histórica, sejam eles o Regente Feijó, Floriano Peixoto, Rui Barbosa, Padre Cícero, Caxias, etc. são Atores de uma narrativa em que se escamoteia o que visto do ponto de vista contábil chega a ser simples: o débito daqui é o crédito em outra parte. Estamos sempre às voltas com as crises do débito, mas nunca olhamos para o lado do crédito. São uma e a mesma coisa. Até esse imbecil consumado no poder hoje passa a fazer sentido dessa forma.