31 de dezembro de 2010
Fechando a tampa de dois mil e dez
Um abraço a todos.
E não posso, tendo lido no jornal sobre as vantagens da esterlização do palmito comercial com a radiação do Cobalto, deixar de reproduzir do F2:
27 de dezembro de 2010
Os Clássicos em Pílulas apresenta:
Os Lusíadas:
Saímos ao mar. Acabou o sossego. Uma água sem fim.
Trabalheira, viramos heróis. O poeta ficou caolho.
21 de dezembro de 2010
Loquacidade
louca cidade
loco ácida de
idade quase
da pedra
de quem
vive quieto
quem diria
no seu canto
14 de dezembro de 2010
Os bois do Sol
- Um pouco tostado demais para o meu gosto.
6 de dezembro de 2010
Le Roussignol
um rouxinol
rouco
a competir
com um aspirador de pó.
Este canto
sem tema
ou audiência
espalha-se:
problema
4 de dezembro de 2010
Debates e Segredos
Acho que são fundamentais.
Qualquer debate político está às raias da hipocirisia.
As razões de estado são as dos grandes grupos de pressão.
Este organizam-se de qualquer forma. De todas, as sabidas e as não sabidas.
E não é coisa de subdesenvolvido nem nada.
Vejam no berço da república.
1 de dezembro de 2010
O exército venceu, e agora?
22 de novembro de 2010
Almeida Prado
18 de novembro de 2010
Os ateístas
4 de novembro de 2010
25 de outubro de 2010
Um Choro-Canção de desencanto
da praia de onde olhamos a cidade
estranha, já nem me espanta, meu amor,
que mintas com essa cara deslavada,
desperdiçando tuas palavras de isopor.
Tantas estórias, tantos contos
e no fim mais entretantos
que um exórdio de Moral.
As voltas dos teus ditames
ao final, meu bem, serão liames
da corda que teceste a vossos pés.
Diga-me o simples que for,
a verdade não magoa ninguém,
sem maldade, quando dita por bem,
Só assim saberei tua dor.
Larga desses planos ruminados na penumbra,
dessa falta de tato, dessa política estúpida,
desses estranhos que vêm dançar em teu salão...
Lembra de deixar ao menos um recado
se descobrires, afinal, o que procuras,
antes da vida te propor o teu final...
Não guardo mais meus antigos pergaminhos,
O vento guia meus pés pelos caminhos,
A estrada velha é nova, como o chão que vai;
Com um choro-canção de desencanto,
ninguém nota que estive chorando,
esqueça meu nome solto pelo ar...
Diz que tem ido além,
dessa terra nasceu o vazio,
quem passou a barra do rio
hoje vive por mal ou por bem.
20 de outubro de 2010
Choro antigo
povoa a boca canora a canção
que sorri e murmura, e plana a meia altura
com uma certa interrogação.
Um passeio no jardim, ou mais,
quem sabe a mata ciliar em que se esconde
outra boca, outra canção, quiçá lilás,
à sombra de amenos montes, sob a relva;
Em tudo que cantas, as pedras dançam sob o rio
e os troncos sorriem, o musgo assobia sem parar
este ar, que os gafanhotos povoaram,
onde certas ninfas gostam de deitar.
Certo que procuras na barafunda de teus bolsos
uns papéis dispersos e relapsos, uns lápis rotos,
já remordidos por tuas ânsias eternais;
deixa de lado as ninharias do dinheiro,
estas bobagens todas que te envolvem
como uma noite torpe, sem visagem,
sem estrelas, apenas escuro e solidão.
Será que ouviste o conselho da andorinha
que cantava na alameda entre as árvores,
no recreio, da boléia de um landau?
Sem rumo andemos pelas ruas,
pisando as pedras banhadas pela chuva,
em conversa sub rosa ao pé de palmeira imperial.
Conversam como as águas do riacho do quintal
trombone baixo, clarinete e pandeiro,
rabeca antiga, bandolim e violão,
E eu tropeço nas melodias de antanho,
ao pé da serra que se espicha no horizonte,
e disfarço assim com um meneio
meu intento de tocar teu coração.
6 de outubro de 2010
O Aborto como golpe
Correu a acusação, antes de 3/10, contra Dilma, dela ser favorável ao aborto.
A acusação partiu do oponente, o José Serra, que, quando ministro da Saúde, incentivou a prática do aborto pelo SUS, nos casos em que a lei não considera crime (gravidez resultante de estupro, p.ex.).
Por isso foi alvo de críticas dos mesmos setores que agora jogou contra a Dilma.
É um gesto de uma hipocrisia nojenta. Quem é pró-vida deve saber quem é, afinal, José Serra.
5 de outubro de 2010
A volta da volta
O seguinte: nada de me encantar com Dilma, longe disso. Nada de achar graça nas lérias do Lula, Deus me livre.
Mas a farsa é muita, o outro candidato decididamente é repulsivo. E fascista. E autoritário.
Vendendo um peixe podre há muito tempo; eis a "jestão" tucana:
24 de setembro de 2010
Furo de reportagem d´O Grifo
Bilhete anônimo enrolado na pedra: ah, penso comigo, esses meus informantes até me agridem, no afã de ver triunfar a verdade!
Aproveitando a ausência do Grifo, publico a nota na íntegra:
"Estive hoje, disfarçado de garçom, em casa de pasto de altíssimo luxo nesta capital, onde ouvi em primeira mão informações relevantes, em uma mesa que reuniu, em um almoço, MMe. XXXX e outros discretos comensais, todos controladores de veículos de comunicação. Soube ali das primorosas peças de nossa imprensa patriótica para os fins de semana próximos, antes da eleição:
Notícias devastadoras! |
1 – Dilma é lésbica, afirma a pobre seduzida pela búlgara perniciosa, que com ela viveu em contubérnio pecaminoso por anos e anos, e a quem prometeu o céu meu bem, e o meu amor também, e a quem deixou, vilipendiada, maltrapilha e esfaimada.
2 – Dilma é assassina, afirma antigo militante da VPR do B (uma organização terrorista ultra-secreta, cujos membros não conheciam um ao outro), é um testemunho importante, Dilma teria chacinado companheiros num aparelho, certo dia, em acesso de TPM. Todos estavam vendados, para que não pudessem reconhecer um ao outro. Intervém depoimentos inclusive do além, por médium de reputação ilibada e reconhecido nacionalmente.
A primeira será a bala de prata, a segunda o tiro de misericórdia. O tiro 2 deve ser dado 5ª ou 6ª, para melhor repercussão.
Arriba com a imprensa patriótica e imparcial! D José já ganhou!"
PS - Fui punido pelo Grifo por esta publicação, depois que ele voltou de seu sejour em Bassorá. Tenho de alimentar os animais das masmorras. Isso é um absurdo, uma afronta à liberdade de informar da imprensa. E ainda me fez, a cruel criatura, indicar uma publicação séria sobre o assunto: esta.
10 de setembro de 2010
O Noêmio, então, quem diria, pode até ser um cara legal
Noam Chomsky - este era linguista, tornou-se uma espécie de profeta na política, e em ambas as áreas cercou-se de acólitos que não permitem a crítica, que é vista imediatamente como uma forma de profanação a ser combatida. Pode ser coincidência. Ou, como diria G. Gil, não.
9 de setembro de 2010
Indignação requentada
O Grifo nem aprecia Dilma Roussef tanto assim. Mas esses factóides já estão enojando. O tal do "clima eleitoral" é pior do que a seca aqui em São Paulo. Atenção aos golpistas, aos que querem cruzar o Rubicão - não tem caminho de volta.
7 de setembro de 2010
Grave Gripe Agrária Agrava a Regressão
6 de setembro de 2010
Serviço de alto falantes da praça da Matriz d´O Grifo
São textos, os arquivos podem ser baixados:
JOCA A Próxima Novela das Oito
Mais um serviço de utilidade pública d´O Grifo.
23 de agosto de 2010
O eleitor, esse desonesto, tem de provar sua identidade ao Estado de boa-fé
Quem tem o azar de ler este blogue sabe que quero tanto vontar contra Serra que vou levar RG, CPF, Carteira de Habilitação e de Trabalho. Penso em levar também exame de sangue.
Obrigatoria, quer dizer, atenciosamente,
Grifo
20 de agosto de 2010
19 de agosto de 2010
A caverna do sono
o sono é uma caverna
sem paredes
A rua insone de carros quer dormir.
Nossa casa acorda à noite, as escadas conversam,
silentes de dia, quando então dormem.
E eu sonho com seu sono
Dorme dentro do violão a música
que toca no teu sonho,
um acalanto
com que eu sonho
pra você dormir.
11 de agosto de 2010
6 de agosto de 2010
A história verídica
O aspecto mais enigmático do mito de Vulcano é que se trata de um deus corno. Sendo horroroso, tinha Vênus como mulher. Ela, no entanto, pulava a cerca com Ares, o deus dos generais e das batalhas. Certo dia, Vulcano aprisiona os dois na cama, em flagrante, com uma rede da qual não conseguem se livrar. Vai o deus e os expõe aos demais imortais. Este aspecto nem Steiner explicou.
E então? Bem, tenho para mim que estas histórias merecem mais crédito do que os relatos que ouvimos, qur lemos, realidades muito mais relevantes do que as ninharias com que querem nos encantar.
4 de agosto de 2010
Não toquem na Rádio Cultura
3 de agosto de 2010
As companhias alegres e as nem tanto
Então eu li no jornal os arrotos do governador Requião, sobre as companhias do pobre Ronaldo, que além de estourar os joelhos tem de aguentar os males do Brasil. E encomendei a montagem abaixo ao depto. de arte.
Rrrrrrrrrronaldo, cuidado com as companhias.
2 de agosto de 2010
O Banqueiro Anarquista
29 de julho de 2010
I wanna be your back door man
Então, li este texto, e lembrei-me da política de software público do governo brasileiro. Que acabou.
Atenção Dilminha paz e amor, que o bicho é feio |
9 de junho de 2010
Os arautos do Nanoestado onde andam?
1 de junho de 2010
Nobilíssima Organização
31 de maio de 2010
Espasmodicção
11 de maio de 2010
10 de maio de 2010
O que me alegra numa 2ª de manhã
Ligar o rádio na CBN e ouvir o locutor anunciar o Grande Guia de Povos José Serra, entrevista ao vivo.
Ah, que alegria. Começa a entrevista e o Serra está cordato, amável, todo adestrado, calminho que parece que tomou Rohypnol. Agora também ele escande as sílabas no final das frases que nem o Alckmim. O adestrador deve ser o mesmo.
Logo o Heródoto pergunta se ele é de esquerda, e o bicho já rosna, quer inverter a pergunta, fica contrariado. Mas acalma. Nos bastidores, alguém dá um biscoito pra ele. Segue a entrevista. Daqui a pouco, perguntam do Banco Central, aí pronto, o homem ficou nervoso, cortou a entrevistadora, e começou a babar e a agredir quem estivesse por perto, uma flor de pessoa desabrochando em sua plenitude.
Isso jogando em casa, numa emissora das "organizações Globo", com jornalistas amistosos. Ah, que alegria! Saí do carro dando risada, durante um ataque de apoplexia do nosso candidato, nosso lá deles, bem entendido.
9 de maio de 2010
Das "Bagatelas", de Lima Barreto
São Paulo e os estrangeiros
Quando, em 1889, o Sr. marechal Deodoro proclamou a República, eu era menino de oito annos.
Embora fosse tenra a edade em que estava, dessa época e de algumas
anteriores eu tinha algumas recordações. Das festas por occasião
da passagem da lei de 13 de maio ainda tenho vivas recordações;
mas da tal historia da proclamação da Republica só me lembro
que as patrulhas andavam, nas ruas, armadas de carabinas e meu
pai foi, alguns djas depois, demittido do logar que tinha.
E e so.
Si alguma cousa eu posso accrescentar a essas reminiscençias
é de que a physionomia da cidade era de estupor e de temor.
Nascendo, como nasceu, dóm esse aspecto de terror, de vio-t
lertcia, ella vae aos poucos accentuando as feições que já trazia no
berço. *
Não quero falar aqui de levantes, de revoltas, de motins, que
são, de todas as coisas violentas da politica, em geral, as mais innocentes
talvez.,
Ha uma outra violência que é constante, seguida, tenaz e não
espasmodica e passageira como as das rebelliões de que falei.
Refiro-me á acção dos plutocratais, da sua influencia seguida,
constante, diurna e nocturna, sobre as leis e sobre os governantes,
em prol do seu insaciável enriquecimento.
A Republica, mais do que o antigo regimen, accentuou esse poder
do dinheiro, sem íreio moral de espécie alguma; e nunca os argentarios
do Brasil se fingiram mais religiosos do que agora e tiveram
da egreja mais apoio.
Em outras épocas, no tempo do nosso império regalista, sceptico
e voltereano, os ricos, mesmo quando senhores de escravos, tinham,
em geral, a concepção de que o poder do dinheiro não era
illimitado e o escrúpulo de consciência de que, para augmentar as
suas fortunas, se devia fazer uma escolha dos meios.
Mas veiu a Republica e o ascendente nella da politica de São
Paulo fez apagar-se toda essa. fraca disciplina moral, esse freio na
consciência dos que possuem fortuna. Todos os meios ficaram sendo
bons para se chegar a ella e augmental-a desmarcadamente.
Protegidos, devido a circumstancias que me escapam, por uma
alta fabulosa no preço da arroba de café, de que, após a Republica,
— 16 —
os ricaços da Paulicéa se fizeram os principaes productores, puderam
elles melhorar os seus serviços públicos e ostentar, durante algum
tempo, uma magnificência que parecia fortemente estabelecida.
Seguros de que essa gruta alibabesca do café a quarenta mil reis
a arroba não tinha conta em thesouros, trataram de attrair para as
suas lavouras immigrantes, espalhando nos paizes de emigração folhetos
de propaganda em oue o clima do Estado, a facilidade de arranjar
fortuna nelle, as garantias legaies — tudo, emfim. era excellente
e excepcional.
A esperança é forte nos governos, quer aqui, quer na Itália
ou na Hespanha; e desses dois últimos paizes, em chusma, accorreram
famílias inteiras e milhares de indivíduos isolados, em busca
da abastança, que os homens do Estado diziam ser fácil de obter.
A gente que o vem dominando ha cerca de trinta annos ecthiase
de contentamento e até estabeleceu a exclusão, da sua-policia de
gente com sangue negro nas veias.
A producção do café, porém, foi transpondo o limite do consumo
universal e a descer de preço, portanto; e os dogés do Tietê
começaram a encher-se de susto e a inventar palliativos e remédios
de feitiçaria, para evitar a depreciação.
Um dos primeiros lembrados foi a prohibição do plantio de
mais um pé de café que fosse.
Esta sábia disposição legislativa tinha antecedentes em certos
alvarás ou cartas regias do tempo da colônia, nos quaes se prohibiam
certas culturas que fizessem concorrência ás especiarias da índia,
e também o estabelecimento de fabricas de tecidos de lã e mesmo de
officinas de artefactos de ouro para não tirar a freguezia dos do
reino.
Que progresso administrativo !
Os palliativos, porém não deram em nada e um judeu allemão
ou americano inventou a tal .historia da valorisação com que a gente
de S. Paulo taxou mais fortemente os agricultores e favoreceu os
grandes e poderosos, nas suas especulações.
A situação interna principiou a ser horrível, a vida cara, emquanto
os salários eram mais ou menos os mesmos anteriores O
descontentamento se fez e os pobres começaram a ver que, emquanto
elles ficavam mais pobres, os ricos ficavam mais ricos.
Os governantes do Estado, que influiam quasi soberanamente
nas decisões da União, deixaram de fazer a tal propaganda do Estado
no estrangeiro, mas augmentaram a policia, para a qual adquiriram
instructores e mortíferas metralhadoras e deram em excommungar
estrangeiros a que chamam de anarchistas, de inimigos da ordem
social, esquecidos de que andavam antes, a proclamar que a elegância
da sua capita), os seus lambrequins, as suas fanfreluches eram devidas
a elles, sobretudo aos italianos. A influencia dos estrangeiros,
diziam, fez de S. Paulo a única coisa decente do Brasil. E todos a
acceitaram porque os dominadores de S. Paulo sempre se esforçaram
por esconder as dilapidações ou coisas parecidas, convencendo
os seus patrícios de que o Estado, a sua capital, sobretudo, era coisa
nunca vista.
Não havia um casarão burguez com umas columnas ou uns
vitraes baratos, que elles logo não proclamassem aquillo, o castello
de Chenonceaux ou o palácio dos Doges.
Tudo o que havia em S. Paulo não havia em parte alguma do
Brasil. A sua capital era uma cidade européa e a capital artística
do paiz.
Entretanto, a antiga provincia não dava, a não ser o Sr. Ramos
de Azevedo, um grande nome ao paiz em qualquer departamento
de arte.
Não contentes de prodfcmar isto dentro do Estado, começaram
a subvencionar jornaes e escriptores de todo o paiz para espalharem
tão pretenciosas affirmações, que o povo do Estado recebia
como artigos de fé a fazer respeitar o "trust" político que o explorava
ignobilmente. "Vanitas vanitatum"...
Seguros de que a opinião os apoiava, porque tinham feito o
Estado o primeiro do Brasil, os políticos profissionaes de S. Paulo
trataram de abafar as criticas dos estrangeiros descontentes ou com
opiniões avançadas, a todos, emfim, que não se deixavam embair
com a tal historia da capital artística e cidade européa.
Os estrangeiros, agora, já não serviam e elles queriam livrar-se
do incommodo que os forasteiros lhes davam criticando-lhes os actos,
a sua cupidez, o esquecimento dos seus deveres de governantes
para só protegerem os ricaços, os monopolistas, que eram também
estrangeiros, mas não no ponto de vista do governo estadpal, que só
julga assim aquelles que não partilham a opinião de que elle é o
mais sábio do mundo e affirmam que, em vez de estar fazendo a felicidade
geral, está concorrendo para .enriquecer os seus filhos, seus
genros, seus primos, seus netos e afilhados e os plutocratas ávidos.
Trataram logo de se armar de leis que fizessem abafar os
seus gemidos ; uma dellas é a celebre de exportação que não se
coaduna com o espirito da nossa Constituição; que é inconseqüente
com a propaganda feita por nós para attrair estrangeiros, que podem
e-devem fiscalisar as nossas coisas, pois nós os chamamos e
elles suam por ahi. -
, Sem mais querer dizer, podemos af firmar que todo o nosso mal
estar actual, todo o cynismo dos especulado/es com a guerra, inclu-
. sivel Zé Bezerra e Pereira Lima, vêm desse, maléfico espirito de
cupidez de riqueza com que S. Paulo infecciònou o Brasil, tacitamente
admittindo não se dever respeitai qualquer escrúpulo, fosse
dessa ou daquella ordem, para obtel-as, nem mesmo o de levar em
conta o esforço, a dignidade^e o trabalho dos immigrantes, os quaes
só lhe servem quando curvam a cerviz á sua deshumana ambição
chrematistica.
•1917.
7 de maio de 2010
A máquina paródica do Grifo - VII
O labirinto de corredores nos levou enfim a outro galpão, ampla caverna subterrânea. A luz difusa não vinha de fontes artificiais, vinha do teto, como que permeável. E no entanto eu tinha certeza de que havíamos descido; devíamos estar abaixo do nível do chão.
O Grifo caminhava sobre duas pernas, as asas encolhidas; eu estava curioso; detido, mas nossos guardas pareciam até respeitosos. Quis até ensaiar um sorriso para uma loirinha ajeitada, de uniforme militar – teria eu um fraco por uniformes? Passávamos por estruturas metálicas incompreensíveis, em meio a tubulações que davam voltas e subiam para o teto altíssimo.
Súbito, uma mesa, um homem grisalho sentado diante dela, de óculos de aro fino sobre o nariz; olhou-nos sobre as lentes, com um esboço de sorriso: - Chegaram, afinal!
Havia duas cadeiras, sentamo-nos como se fosse o esperado. A escolta sumira em silêncio.
O homem usava uniforme, com galões e estrelas; magro, nos encarava com olhos grandes, com um quarto de sorriso, que aumentou quando começou a falar, encarando o Grifo inicialmente.
- Então são vocês. Têm idéia do que estão fazendo?
o que acontecerá com nossos heróis?
=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+
1 de maio de 2010
ACTA EST FABULA
29 de abril de 2010
Fatos que não se sucederam
Fatos que não se sucedem é o corriqueiro da imprensa nossa; ontem, a CBN, por exemplo, fez questão de noticiar que não havia greve de ônibus em São Paulo. Vai explicar isso no Jardim Ângela, onde os não-ônibus circulavam à toda na rua.
Agrave: tem não-fatos que teimam em acontecer em não-lugares.
23 de abril de 2010
Crepúsculo do vampiro
Alguém disse que o vampiro vai ter de parecer meigo... e eles acreditaram!!! Aliás, é atual: veja os filmes de vampiros adolescentes belíssimos. Ei, soprem essa pro Serra - crepuscular!
12 de abril de 2010
10 de abril de 2010
Apenas para lembrar
18 de março de 2010
A Pedra e o Ovo
Pedra dura do caminho de pedras, eu te agradeço pelas dificuldades do caminho, que me ensinam a superação, a paciência, a resistência; me ensinam, nem que seja a pau e pedra.
Pedras no caminho: também quem ensina terá pedras, e outros, no seu caminho, encontram ovos.
16 de março de 2010
Um nome
O rapaz que matou o Glauco, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, tem um sobrenome incomum. Ninguém ainda pensou em ver se tem relação com o ilustre administrativista? Ou a curiosidade anda escassa? Ou ninguém tem nada a ver com isso?
vejamos:
http://www.sbdp.org.br/ver_docente.php?idDocente=13
http://www.sundfeld.adv.br/
12 de março de 2010
8 de março de 2010
Uivam os corvos, crocitam os lobos
Um tempo de maus poetas, de má arte. De engolir poeira. Maus governos, piores. No caso do império, a derrocada lamentável, sem nunca ter sido tudo aquilo que viu no espelho. Onde o Zeus do Capitólio? Aquele deplorável Abraão Lincoln?
E imita a vida, no caso, um seriado barato de TV, subproduto do Arquivo X. Os intrépidos Pistoleiros Solitários salvaram os prédios de NY de um atentado.
O mistério deveria ser algo mais solene, não uma piada barata, atirada ao pó do chão, com os pacotes de pipoca no parque. Definitivamente, Ronald Reagan ri por último sua risada macabra.
3 de março de 2010
O Grifo e seus usos oraculares
26 de fevereiro de 2010
18 de fevereiro de 2010
9 de fevereiro de 2010
Ar
raro
passa
por estes lados
sintoma de montanhas
da mente
o silêncio e a nuvem
há quem diga esse murmúrio
na cidade cansada de si, cansada do mundo?
irei também
ouvidos alertas
ar rarefeito das alturas eternas
deixo as graxas certezas deste planalto
inferno
haverá quem as queira decerto
7 de fevereiro de 2010
Rock and roll no carnaval
http://www.lagrimapsicodelica.blogspot.com/
Nos dias 13 e 14 de fevereiro de 2010 vai rolar o nosso 1º Festival Virtual Lágrima Psicodélica. Todas as bandas convidadas confirmaram que vão participar. São elas:
Dia 1: Sábado
15:00 a 16:00 - Led Zeppelin by Barata
16:00 a 17:00 - The Cure by Cacá
17:00 a 18:00 - Jimi Hendrix - JH II
18:00 a 19:00 - Pink Floyd - Johnny F
19:00 a 20:00 - Mutantes - Lola Brochaska
20:00 a 21:00 - Frank Zappa - Juliano Rosa
21:00 a 22:00 - Grobschnitt by Gäel
22:00 a 23:00 - Eric Clapton - Minduim Mateus
Dia 2: Domingo
15:00 a 16:00 - Rush - Marcio CS
16:00 a 17:00 - Deep Purple - Ricardo Magrão
17:00 a 18:00 - Jethro Tull - Dexx
18:00 a 19:00 - Neil Young - Pedro
19:00 a 20:00 - Janis Joplin by Loirinha
20:00 a 21:00 - Budgie by Ande S
21:00 a 22:00 - Joy Division - Rabablues
22:00 a 23:00 - AC/DC - Fireball
23:00 a 24:00 - Blue Oyster Cult - Sara_Evil

Vinheta 1º Festival Virtual Lagrima Psicodelica - By Rabablues by Rabablues
Estamos buscando parceria com Blogs & Sites para transmissão de nossa Rádio WULP. Temos hoje na nossa rede 90 parceiros. Nosso email para contato é: lagrimapsicodelica@gmail.com
29 de janeiro de 2010
Ge$tão das Água$
26 de janeiro de 2010
O computador quântico e a mente mágica
22 de janeiro de 2010
Do Baú
O Grifo, grogue, esgravata grêmios e grateia a verga grelos e grutas esgrouvinhadas, esgrafejando gregotins e gregueus; grenado, grimpa, egrégio, e agraúda-se graças à grei. Grimpa grumos e grupiaras engrenado - engrimponado, logra engriguilhar-se, a engrifar grutungos. O grosso agravado, engrampa; grazosa grátis, graxadela granfa, ogro Sigrido segreda-se segrel: congregados, transgridem grades e progridem a graúdos agros aos gritos.
Agrupados, grogues, esgravatam grêmios e grateiam a verga grelos e grutas...